segunda-feira, 22 de outubro de 2007

PRÓS E CONTRAS

O nutricionista depara-se frequentemente com muitas situações controversas, em que se contrapõem a ciência e a ética. Será mais correcto optar pelas escolhas comprovadas pela ciência ou seguir o que é mais correcto eticamente?

Seguem-se alguns exemplos:

O peixe é um alimento rico em gorduras polinsaturadas da série ómega 3, cujos efeitos estão comprovados cientificamente para a prevenção de doenças cardiovasculares. Contudo, deveremos aconselhar o consumo de peixe sabendo que este apresenta teores de mercúrio capazes de causar toxicidade no nosso organismo?

A irradiação de alimentos também é um assunto em debate. Por um lado, a irradiação é vantajosa por eliminar os microorganismos e patogénicos que degradam os alimentos, aumentando assim a validade do produto. Mas por outro lado, favorece a transformação de compostos presentes nos alimentos em substâncias prejudiciais à saúde dos consumidores.

A carne também causa divergência de opiniões: será uma opção viável aconselhar o consumo de carne grelhada ou assada nas brasas em vez da fritura? Seria aconselhável do ponto de vista em que diminui o uso de gorduras adicionais para a sua confecção. Contudo, este método favorece a formação de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e de aminas heterocíclicas altamente carcinogénicos.

Perante todos estes prós e contras, qual será a melhor opção? O segredo está em escolher uma alimentação variada, quer em relação aos métodos culinários, bem como às fontes alimentares.

1 comentário:

Pedro Graça disse...

Conforme combinado, terminou a 31 de Outubro, a primeira fase de construção e comentários nos vossos blogues. Temos acompanhado com atenção o percurso dos vossos espaços de comentários e críticas ao fenómeno da alimentação. Obrigado pelo vosso esforço e evolução muito significativa em muitos grupos. Este esforço será agora avaliado, esperando que o período que agora se inicia seja igualmente produtivo.

Bons trabalhos,
Pedro Graça/Hugo Valente