sábado, 13 de outubro de 2007

Publicidade vs Saúde

Na sociedade actual, manter um bom estado de saúde e preservar o bem-estar de forma a retardar o envelhecimento e aumentar a longevidade, constituem uma preocupação primordial. Consequentemente, a publicidade utiliza muitas vezes a linguagem da saúde para persuadir melhor o consumidor alvo, embora por vezes se faça propaganda de conceitos que podem ou não ter o resultado prometido, levando o consumidor à ilusão de um tratamento de saúde, caso consuma o produto referido pelo anúncio publicitário.

São várias as empresas a recorrer a este tipo de publicidade funcionalista, realçando as qualidades nutricionais e os benefícios para a saúde dos seus produtos, menosprezando o prazer que possa causar a sua degustação.

As estratégias usadas variam de acordo com o produto em causa, como por exemplo, no caso da Becel apela-se à saúde do coração; a Parmalat e a Mimosa apresentam uma secção de saúde, indicando os benefícios de cada um dos seus produtos e ainda, uma secção de cozinha com receitas, atraindo assim um público em particular, como as mães. Este tipo de publicidade funcionalista pode também ser observada no queijo Philadelphia, Alpro Soya, Benecol, entre outros produtos.

ESTRUTURALISMO ou FUNCIONALISMO? Uma questão de marketing

Num mundo onde a sociedade é constantemente invadida pelo marketing, só muito dificilmente não nos deixamos levar pela publicidade.

As estratégias publicitárias estruturalistas, jogam com o prazer, a diversão, a promoção de eventos (desportivos, passtampos ou viagens), maneiras de estar e de ser na vida (glamour, posição social), pois não têm bases nutricionais nem funcionalistas para sustentar o seu produto.

Em contrapartida, a corrente funcionalista, realça as qualidades nutricionais do produto que promovem saúde e bem-estar, em detrimento do menor prazer ou menor agradibilidade ao paladar que possam ter.

Contudo, um produto pode associar-se à saúde e ao prazer ao mesmo tempo, ou seja, ter características funcionalistas e estruturalistas.

Actualmente, a comunicação publicitária está adequada ao produto e ao público alvo. Pode ser feita de diferentes formas, mas sempre com o mesmo objectivo: cativar o público ao consumo!

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

"Se não faz bem, porquê consumir?"

Não parece ser um problema para grandes marcas de produtos sem benefícios de saúde, serem um sucesso de vendas! O esperado, seria que a maioria das pessoas pensasse: “se não faz bem, porquê consumir?” O seu segredo… está no cativar o público, associando o consumo do produto com formas de estar, maneiras de ser, sensações de prazer, diversão, etc. São grandes especialistas disso a Super Bock e a Magnum.

No
site da super bock deparamo-nos primeiramente com a frescura da cerveja. À medida que exploramos a página, a diversão é o que mais prevalece. A super bock disponibiliza grandes eventos nocturnos, jogos, passatempos, sorteios, concertos, até prémios ao melhor blog criado sobre a cerveja! Sobre o produto, “Ao ser bebida, a cerveja deixa na boca um conjunto de sensações ligadas à frescura, ao corpo, ao equilíbrio amargo/doce, que perduram e que fazem dela uma bebida rica e de aroma/gosto variado, característico de cada tipo de cerveja”. Depois disto, qualquer um sente-se aliciado.


Depois de ver a
página do Magnum 5 sentidos, tornou-se irresistível a tentação de provar um daqueles gelados! Não foi preciso um texto para provocar esta vontade, palavras para quê? Bastou-nos ver os vídeos. Eles realçam exactamente os nossos sentidos: a visão do chocolate derretido, o sabor a desfazer-se na boca, o som do chocolate a partir-se, a textura cremosa, e é claro o cheirinho tão bom do chocolate.